Ao mesmo tempo que o Grupo SATA expande os seus
destinos, inicia também uma “revolução” ao nível de
serviços, por forma a tornar a companhia mais acessível
aos seus utilizadores. O novo presidente desta companhia açoriana, António Gomes de Menezes, esteve recentemente em Toronto para conhecer de perto a realidade da SATA. Nesta cidade, confraternizou com diversos agentes, orgãos de comunicação social e entidades várias ligadas à aviação
Humberta Araujo
haraujo@noveilhas.com
De uma pequena companhia de aviação regional, iniciada há mais de meio século nos Açores, a Sociedade de Transportes Aéreos Açorianos (STAA) descola em 1947 na sua primeira aeronave o “Açor”, para tornar-se numa companhia internacional conhecida em alguns dos mais importantes aeroportos internacionais. Neste seu voo inaugural, do “Aerovacas” na ilha de S. Miguel, a (STAA) estava longe de imaginar quão longe viajaria um dia, numa aventura que acompanha de perto também a saga da emigração dos açorianos.
Muitos anos passados, a SATA viu finalmente os seus horizontes expandirem-se na década de noventa, altura em que inicia a sua operação não regular com voos charter. A companhia arrancou em Dezembro de 1990 com a designação “OceanAir” e em 1991 recebe autorização para uma operação não regular. A SATA Air Açores tornava-se na accionista principal da companhia. Em 1994 a SATA Air Açores tornava-se a única proprietária “OceanAir”. Em 1998 muda de nome para SATA Internacional e inicia a conquista de um vasto número de rotas nacionais e internacionais. Actualmente voa para França, Alemanha, Irlanda, Holanda, Espanha, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos. A companhia que suporta ainda uma considerável operação charter, iniciou também o processo de substituição da sua frota a operar inter-ilhas.
Modernização ao serviço dos vários agentes
António Gomes de Menezes acredita que os próximos cinco anos serão cruciais para a rota canadiana. “Em cinco anos a SATA tem condições para crescer e tornar-se numa das principais transportadoras entre o Canadá e os mais importantes aeroportos portugueses, Lisboa, Porto e Faro.” Para tal diz Menezes, “existem segmentos de mercado para serem trabalhados. Portugal apresenta vários destinos turísticos que podem interessar a diferentes tipos de viajantes. (…) A situação ideal passa, segundo o presidente do grupo pelo “crescimento, mas no sentido de tornar a nossa operação cada vez mais regular, mais frequente”.
No que diz respeito a Toronto e Montreal, “pretendemos consolidar uma operação regular. O ideal seria durante todo o ano passar por Montreal e consolidar a de Toronto”. Todavia, António Menezes alerta para o facto de existirem ainda alguns entraves a estes objectivos. “É difícil prever o número exacto de voos. Obviamente, que temos de ir estimulando e reagindo à procura e fazer com que haja cada vez mais notoriedade, não só da marca SATA, mas inclusive dos próprios destinos.”
O entendimento com uma companhia canadiana que facilitasse escoamento está actualmente prejudicado, devido ao estatuto de charter sobre o qual a companhia opera. “Estamos a diligenciar no sentido de modificar o estatuto. Aí sim, será relativamente mais fácil obter um entendimento de modo a que dentro do Canadá outras transportadoras consigam construir com a SATA um entendimento para que qualquer pessoa em qualquer parte do país consiga aceder aos voos da SATA”.
Entre outras estratégias está “obviamente o trabalho ao nível da distribuição. Estamos muito satisfeitos com o nosso modelo de negócios em que operamos e que privilegia o papel do ‘distribuidor/tour-operator/ travel agent’. Mas queremos testar os sistemas de reservas para que a automatização seja uma ferramenta de trabalho ao serviço dos ‘tour operators e travel agents’ para que os sistemas de reservas e acesso a disponibilidade de lugares sejam de facto assegurados de forma mais sustentada”.
Actualmente, assegurou ao Correio Canadiano/Nove Ilhas o presidente da SATA, “estamos a trabalhar de uma forma bastante activa neste sentido. “Todavia, há decisões que passam por outras instituições. Mas acreditamos que durante este ano de 2008 teremos algumas novidades nesta matéria”.
A comunhão entre a SATA e outros organismos relacionados com o desenvolvimento económico e turístico das ilhas é crucial. “Entendo que a SATA deve estar ao serviço do desenvolvimento económico dos Açores e, por conseguinte, deve estar ao serviço do desenvolvimento do turismo, pois o mesmo condicionará a ‘performance’ económica da região. A SATA tem que estar na linha da frente e, é isso exactamente que ela tem feito ao abrir portas para o mercado Açores que continua a crescer no sector turístico. A oferta de camas está a aumentar. A proposta de valor do destino Açores tem vindo a enriquecer em inúmeras áreas. Obviamente que a base estará sempre entre o mar e a natureza, mas dentro deste figurino aspectos como o golfe, congressos e cruzeiros serão interessantes. Queremos igualmente trabalhar no sentido de aumentarmos a nossa capacidade relacionada com o ‘airlift’ que providenciamos”.
Para além de encontros com agentes de viagens, operadores turísticos e comunicação social, Gomes de Menezes visitou a fábrica de aeronaves ‘Bombardier’ uma das companhias que poderão vir a substituir os actuais aviões da frota inter-ilhas.
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